Empório do Direito, 10/06/2018. Há alguns dias, um assistido me falou que cometeria um ilícito bastante grave. Embora tenha um posicionamento pessoal quanto à prática daquela conduta, tudo o que fiz foi lhe dizer as possíveis consequências jurídicas do ato que pretendia praticar, sem realizar quaisquer julgamentos pessoais, especialmente morais. Isso, porque entendo que não cabe à/ao Defensor/a Pública/o fazer nenhuma espécie de julgamento, nem mesmo dar conselhos ou orientações que não sejam estritamente jurídicas. O mundo já está cheio de quem faça julgamentos dos mais variados. Quem sou eu para estabelecer que a minha moral é mais válida do que a moral da/o usuária/o da Defensoria Pública? Quem sou eu para estabelecer padrões de comportamento e acreditar que sei como é melhor agir, especialmente em uma realidade que – não sejamos hipócritas – está muito distante da minha? Seria muito fácil pretender estabelecer minhas regras de conduta àquelas/es que atendo, ignorando que vivem situações absolutamente distintas…
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https://emporiododireito.com.br/leitura/a-arte-de-nao-julgar
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