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Ana Cristina Mendes publicou algo
Compartilho uma interessante pesquisa sobre hacking governamental no Brasil que mostra uma realidade preocupante pelo uso indiscriminado, falta de regulação e de transparência na aquisição das ferramentas pelos Estados brasileiros. O Sumario Executivo aponta:
“O levantamento se deve, na grande maioria dos casos, a documentações constantes nos Portais de Transparência, enquanto as respostas aos pedidos de acesso à informação, com raras exceções, tendiam à negativa das informações com base em justificativas de sigilo ou à simples alegação de inexistência de tais contratos.
O conjunto de fabricantes encontrados inclui Cellebrite, Micro Systemation AB (MSAB), OpenText, Magnet Forensics, Exterro/AccessData e Verint Systems/Cognyte/Suntech, dois principais representantes comerciais no Brasil – a Techbiz Forense Digital e a Apura Comércio de Softwares e Assessoria em Tecnologia da Informação – e 20 diferentes soluções fornecidas às entidades públicas. Os achados envolvem o acesso a ferramentas de hacking pela totalidade dos Estados da federação e pelo Governo Federal, além de uma relativa tendência de crescente orçamentária de investimento público no acesso às ferramentas” (p. 1).
A linguagem é fácil e vale a leitura completa do trabalho para ter uma ideia do contexto atual das investigações criminais.
Fonte: https://ip.rec.br/publicacoes/mercadores-da-inseguranca-conjuntura-e-riscos-do-hacking-governamental-no-brasil/